sábado, 23 de julho de 2016
Cefaleia Primária relacionada à Atividade Sexual
Cefaleia Primária relacionada à Atividade Sexual
por Dr. Neudson Alcântara
Antes conhecida como cefaleia pré-orgásmica e orgásmica não é tão rara quanto se imagina. Com a quebra de tabus sexuais parece mais rotineira a chegada de pacientes com esta queixa em nosso consultório. De início associada a excitação sexual podendo atingir seu ápice no orgasmo esta dor de cabeça é mais, discretamente, presente no sexo masculino. Tem início na região occipito-cervical em 80% das vezes podendo irradiar para ápice do crânio, de localização bilateral, cedendo nas primeiras horas após o intercurso sexual. Em alguns casos pode perdurar até 72h após o coito. Não se sabe ao certo sua origem mas reconhece-se sua associação com enxaqueca, vasoespasmo cerebral reversível e qualidade de vida insatisfatória. Se atividade sexual for esporádica ou previsível trata-se previamente ao intercurso sexual com triptanos ou indometacina ou por profilaxia com beta bloqueador e nimodipina, em alguns casos. De caráter benigno seu diagnóstico é de exclusão devendo-se afastar a possibilidade de hemorragia subaracnoidea por rotura de aneurisma, mal formação arteriovenosa, chiari e neoplasias. Caso apresente dor de cabeça com estas característica procure seu neurologista; ele é o especialista correto para lhe orientar, afinal o ato sexual deve gerar prazer e não dor. Cuide-se.
domingo, 10 de abril de 2016
Automedicação na dor de cabeça
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia, treze milhões de brasileiros apresentam dores de cabeça diariamente, um número maior que o encontrado em outros países, como os Estados Unidos, por exemplo. Esse é um dado alarmante.
Dores de cabeça frequentes são chamados de cefaleias crônicas diárias. Uma cefaleia está crônica quando acomete o individuo no mínimo 15 dias por mês, há pelo menos três meses. Ou seja, a pessoa está tendo dor dia sim, dia não, ou mesmo, diariamente. As cefaleias crônicas mais comuns são a cefaleia tensional crônica e, principalmente, a enxaqueca crônica, e é dela que vamos conversar mais detalhadamente.
Por que uma enxaqueca pode se tornar crônica?
Dificilmente alguém começa seu quadro de enxaqueca com dor diariamente. Até porque a enxaqueca se inicia entre a infância e a juventude, e começa com crises mais esporádicas.Muitas vezes as pessoas acreditam que essas crises são normais e se automedicam. Para muitos, as crises sempre serão espaçadas, mas para outros ela tendem a aumentar de frequência. Principalmente em situações de exposição a mais estresse, rotinas muito pesadas e sono insuficiente.Para as mulheres, em razão de mudanças hormonais, como gestações e menopausa, as enxaquecas crônicas são bastante frequentes.
Como lidar com a enxaqueca crônica?
As pessoas costumam tomar analgésicos, aumentar as doses, depois ir trocando os tipos, pedir dicas para amigos, parentes e balconistas de farmácia sobre analgésicos mais potentes. Quando chegam ao especialista a dor já é diária, e a lista de analgésicos que já não resolvem mais é grande. Isso acontece por vários fatores. Dificuldade em encontrar um especialista para seu diagnóstico e tratamento corretos, banalização da dor, desconhecimento de que existe tratamento para enxaqueca e a crença na automedicação. O uso excessivo de medicações analgésicas é hoje a principal causa da enxaqueca crônicas.
Analgésicos são medicações necessárias e excelentes para o tratamento das crises de dor aguda. O problema é a forma indiscriminada com que se usa, sem um diagnóstico e orientação médica adequada.O organismo vai se acostumando ao medicamento de uso contínuo e perde, cada vez mais, seus próprios mecanismos de regular a dor. E sem o analgésico a dor vem mais forte, e mais analgésico precisa ser utilizado.É um ciclo vicioso e perigoso, muitos pacientes tem que ser "desintoxicados", ou seja, todos os medicamentos utilizados são suspensos, para que o tratamento que vai prevenir a dor crônica funcione.
Dor de cabeça crônica se trata com medicações chamadas preventivas, que tomadas diariamente, vão evitando que as dores sejam tão frequentes, e também que fiquem intensas. Com o auxílio de um especialista, o preventivo vai ser indicado caso a caso, após avaliação detalhada de cada paciente.A maioria dessas medicações são tomados via oral, mas também podemos lançar mão de acupuntura, orientações de rotinas e exercício físico regular, e mais atualmente, da toxina botulínica, já que seu uso foi recentemente indicado especialmente para pacientes com enxaqueca crônica.
Diga não à automedicação. Caso você tenha crises de dor de cabeça frequentes, procure orientação médica
Por que uma enxaqueca pode se tornar crônica?
Dificilmente alguém começa seu quadro de enxaqueca com dor diariamente. Até porque a enxaqueca se inicia entre a infância e a juventude, e começa com crises mais esporádicas.Muitas vezes as pessoas acreditam que essas crises são normais e se automedicam. Para muitos, as crises sempre serão espaçadas, mas para outros ela tendem a aumentar de frequência. Principalmente em situações de exposição a mais estresse, rotinas muito pesadas e sono insuficiente.Para as mulheres, em razão de mudanças hormonais, como gestações e menopausa, as enxaquecas crônicas são bastante frequentes.
Como lidar com a enxaqueca crônica?
As pessoas costumam tomar analgésicos, aumentar as doses, depois ir trocando os tipos, pedir dicas para amigos, parentes e balconistas de farmácia sobre analgésicos mais potentes. Quando chegam ao especialista a dor já é diária, e a lista de analgésicos que já não resolvem mais é grande. Isso acontece por vários fatores. Dificuldade em encontrar um especialista para seu diagnóstico e tratamento corretos, banalização da dor, desconhecimento de que existe tratamento para enxaqueca e a crença na automedicação. O uso excessivo de medicações analgésicas é hoje a principal causa da enxaqueca crônicas.
Analgésicos são medicações necessárias e excelentes para o tratamento das crises de dor aguda. O problema é a forma indiscriminada com que se usa, sem um diagnóstico e orientação médica adequada.O organismo vai se acostumando ao medicamento de uso contínuo e perde, cada vez mais, seus próprios mecanismos de regular a dor. E sem o analgésico a dor vem mais forte, e mais analgésico precisa ser utilizado.É um ciclo vicioso e perigoso, muitos pacientes tem que ser "desintoxicados", ou seja, todos os medicamentos utilizados são suspensos, para que o tratamento que vai prevenir a dor crônica funcione.
Dor de cabeça crônica se trata com medicações chamadas preventivas, que tomadas diariamente, vão evitando que as dores sejam tão frequentes, e também que fiquem intensas. Com o auxílio de um especialista, o preventivo vai ser indicado caso a caso, após avaliação detalhada de cada paciente.A maioria dessas medicações são tomados via oral, mas também podemos lançar mão de acupuntura, orientações de rotinas e exercício físico regular, e mais atualmente, da toxina botulínica, já que seu uso foi recentemente indicado especialmente para pacientes com enxaqueca crônica.
Diga não à automedicação. Caso você tenha crises de dor de cabeça frequentes, procure orientação médica
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